ATUALIZAÇÃO
26 de ago. de 2025
Conheça as principais tendências imobiliárias para 2025
Entre janeiro e julho retroativos foram vendidas 104.752 moradias novas, alta de 27,4% em relação ao mesmo período de 2023. O valor global das vendas subiu 31,2%, atingindo R$ 32,4 bilhões.
O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) respondeu por 76.577 unidades e R$ 16,6 bilhões (alta de 33,8% e 30,8% respectivamente), enquanto o segmento de médio e alto padrão vendeu 24.426 unidades (crescimento de 7,1%) e faturou R$ 14,1 bilhões (28,8%). Os lançamentos também cresceram 43,5% em unidades e 46,7%.
1. Queda de lançamentos
Levantamento dos Indicadores Imobiliários Nacionais revela recorde de 186,5 mil unidades lançadas no primeiro semestre de 2025. O maior volume desde 2006, equivalente a crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2024. As vendas somaram 206.903 unidades e R$ 123 bilhões, alta de 9,6%.
Porém, o estoque de imóveis disponíveis caiu 4,1%, ficando em 290.086 unidades. No 2º trimestre, os lançamentos diminuíram 6,8% frente a 2024 (93.319 unidades), enquanto as vendas totalizaram 102.900 imóveis e R$ 68 bilhões.
O índice IGMI‑R (Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial) medido pelo Secovi/ABECIP mostra desaceleração. Capitais como Salvador (+21,67 %), Belo Horizonte (+16,80 %) e Curitiba (+12,31 %) registraram as maiores valorizações em 12 meses.
O aumento dos custos da construção medido pelo INCC-M alcançou 7,52% até abril, pressionando os preços.
Participação do MCMV: O programa Minha Casa Minha Vida caiu 53% para 47% entre o 1º e o 2º trimestre de 2025. No semestre, os lançamentos do programa cresceram 7,8% e as vendas 25,8%, mas os lançamentos caíram 15,5% no 2º trimestre.
2. Projetos verticais e loteamentos
Pesquisa com construtoras mostra que 76% das empresas planejam novos investimentos, principalmente em projetos verticais e loteamentos, com foco no MCMV.
O governo ano passado propôs orçamento de R$ 18,13 bilhões para o programa em 2025, 31,39% acima de 2024.
Adicionado a recursos do pré‑sal e autorização para R$ 14,37 bilhões em operações de crédito.
Foi criada a Faixa 4, que atende famílias com renda de até R$ 12 mil, ampliando o universo de compradores.
A abundância de recursos do FGTS permitiu juros subsidiados em torno de 4%. Também ajudou a duplicar o orçamento do fundo para financiamento habitacional.
3. Maior aquisição e reforma para locação
Além dos financiamentos tradicionais, crescem instrumentos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) e fintechs de crédito.
Eles oferecem análise rápida e maior flexibilidade, o que facilita a aquisição ou reforma de imóveis para locação.
Nas áreas corporativas de São Paulo, a taxa de ocupação alcançou 90% em regiões como Faria Lima e Vila Olímpia. Cidades do interior como Campinas e Sorocaba registraram aumento de 12% nas transações de galpões industriais e logísticos.
Para anfitriões voltados a locações corporativas, esses polos oferecem oportunidades
4. Home-office e coworking
A pandemia consolidou a demanda por moradias com espaços multifuncionais.
IBRESP ressalta que imóveis com home office e áreas de lazer maiores são mais valorizados, enquanto microapartamentos atraem solteiros e casais sem filhos.
A crescente adoção do trabalho remoto impulsiona imóveis com espaços flexíveis (coworking, studios reversíveis). Condomínios mistos que integram habitação, comércio e serviços ganham popularidade.
Para anfitriões que operam locações de curta temporada, investir em imóveis com infraestrutura de coworking pode aumentar a ocupação.
5. Marketing e automação
Corretores e anfitriões que investem em visitas virtuais, gestão digital e marketing de dados fecham negócios mais rapidamente.
Adoção de automação residencial e certificações ambientais aumenta o ticket médio e a taxa de ocupação.
As plataformas de aluguel por temporada podem explorar ferramentas de recomendação baseadas em IA para segmentar melhor o público-alvo.
A demanda por soluções sustentáveis cria oportunidade para imóveis com energia solar, reuso de água e certificações verdes. Com 80% dos jovens valorizando sustentabilidade, esses atributos aumentam a atração e a fidelização de hóspedes.
Conclusão
O mercado imobiliário brasileiro em 2025 apresenta um panorama robusto, mas heterogêneo. O segmento popular continua impulsionado pelo Minha Casa Minha Vida, apesar das oscilações trimestrais.
O segmento de médio e alto padrão, especialmente nas grandes capitais e em polos emergentes, mantém crescimento sustentado.
Tendências como digitalização, sustentabilidade, uso de dados e flexibilidade dos espaços redefinem o comportamento dos consumidores.
Hosts e afiliados que atuam de forma estratégica, combinando análise de dados com inovação e foco regional, poderão aproveitar as oportunidades e minimizar riscos neste cenário dinâmico.
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